Esses títulos funcionam como uma forma de o investidor financiar setores importantes da economia — o mercado imobiliário e o agronegócio — em troca de uma remuneração atrativa.
O que são CRI e CRA?
Tanto o CRI quanto o CRA são ativos de crédito privado emitidos por companhias securitizadoras. Elas pegam um conjunto de contratos de recebíveis — por exemplo, parcelas de imóveis vendidos ou financiamentos agrícolas — e transformam em títulos negociáveis no mercado financeiro. Esse processo é chamado de securitização.
Na prática, você empresta dinheiro para quem está pagando esses contratos, e recebe juros em troca.
Quais os benefícios?
A principal vantagem para pessoas físicas é a isenção de Imposto de Renda sobre os rendimentos, desde que você seja residente no Brasil. Além disso, costumam ter rentabilidades superiores a outros ativos isentos, como LCI e LCA. Também são interessantes para diversificar a carteira, pois estão expostos a setores diferentes dos bancos.
E os riscos?
Ao contrário de CDBs ou LCIs, CRI e CRA não contam com a proteção do FGC. Ou seja, em caso de inadimplência dos devedores ou da falência da securitizadora, o investidor pode perder parte ou todo o valor investido. Por isso, é essencial analisar a qualidade dos recebíveis, o lastro da operação e o risco de crédito da estrutura.
Como investir?
Você pode comprar CRI e CRA por meio de plataformas de investimentos, corretoras ou até fundos de investimento em recebíveis (FIDCs). Normalmente, são títulos de longo prazo, com prazos superiores a 3 anos, e liquidez limitada — ou seja, é importante manter o capital aplicado até o vencimento.
Conclusão
CRI e CRA são opções interessantes para quem busca mais retorno e isenção de IR, mas exigem análise de risco e visão de longo prazo. Se usados com estratégia, podem complementar bem a renda fixa tradicional. Sempre leia os documentos da oferta, avalie o emissor e entenda o risco da operação. Renda fixa com risco existe — e exige atenção.