COE: Como Funcionam os Certificados de Operações Estruturadas
Os Certificados de Operações Estruturadas (COEs) são instrumentos financeiros que misturam características de renda fixa com renda variável. Popularizados no Brasil após a regulamentação da ICVM 569/15, os COEs representam uma forma de acessar estratégias mais sofisticadas sem abrir mão da previsibi
Publicado em 24/07/2025 às 07:30.
±4 minutos, leia 898 palavras. Por Sábio
O que é um COE?
- Parte de renda fixa, que assegura a proteção total ou parcial do capital investido.
- Parte de renda variável ou derivativos, que busca alavancar a rentabilidade com base em ativos como ações, índices, moedas, commodities, inflação ou juros.
- O capital original (total ou parcialmente garantido)
- Um rendimento adicional, caso determinadas condições se concretizem
Como Funciona a Estrutura do COE
- O banco pega parte do valor investido e compra um título de renda fixa que, no vencimento, garante o valor original.
- A outra parte é usada para adquirir opções ou derivativos atrelados a algum índice (como o S&P 500, o Ibovespa ou o dólar).
Tipos de COE
COE com capital protegido
- O investidor recebe pelo menos o valor investido no vencimento, independentemente do desempenho do ativo atrelado.
- A rentabilidade é variável e só ocorre se a condição prevista se concretizar.
COE com capital de risco
- Existe a possibilidade de perdas parciais ou totais.
- Costuma ter potencial de rentabilidade maior, já que o risco é mais elevado.
Tem liquidez?
Tributação do COE
- Até 180 dias: 22,5%
- De 181 a 360 dias: 20%
- De 361 a 720 dias: 17,5%
- Acima de 720 dias: 15%
Regras da ICVM 569/2015
- O investidor tenha acesso a um Termo de Informações Essenciais (TIE), que resume os riscos, cenários e características do produto.
- O produto seja claramente rotulado como com ou sem capital garantido.
- Seja informada a possibilidade de rentabilidade nula ou perda do principal, quando aplicável.
Vantagens dos COEs
- Acesso a mercados e ativos internacionais de forma simplificada.
- Proteção parcial ou total do capital, dependendo do tipo de estrutura.
- Produto sob medida: o banco pode personalizar o COE com base em cenários, ativos e prazos.
- Potencial de ganhos acima da renda fixa tradicional, sem entrar diretamente na bolsa.
Desvantagens e riscos
- Liquidez limitada: na maioria dos casos, só é possível resgatar no vencimento.
- Rentabilidade incerta: pode ser nula ou inferior a um CDB comum.
- Complexidade: exige entender os cenários possíveis para avaliar se vale a pena.
- Não possui FGC, ou seja, em caso de falência do emissor, há risco real de perda.
Para quem vale a pena?
- Investidores com perfil moderado a arrojado.
- Quem já possui reserva de emergência e busca diversificação.
- Quem quer exposição ao exterior ou a ativos complexos, sem operar derivativos diretamente.
Conclusão
Nenhum conteúdo publicado no blog Senhores deve ser interpretado como recomendação ou indicação de investimento. As informações têm caráter educativo e informativo. Investimentos envolvem riscos e podem gerar perdas financeiras. Sempre avalie seu perfil de investidor e, se necessário, consulte um profissional qualificado antes de tomar decisões.